(Itamonte 2022)
Em fevereiro de 2022 o núcleo gestor do BanCoTeAMa criou um fundo rotativo para a formação da cooperativa de Saboaria natural e, com esse fundo, em julho de 2022 foi desenvolvido um curso de capacitação de saboaria fitoernergética gratuito para 16 pessoas com a mestra Anna Carolina Meireles, além da compra dos equipamentos básicos para a produção local de sabonetes.
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Estudo de caso
Por Lívia Moura
Outro projeto que promovemos a partir do Banco Comunitário e das aulas do professor Hamilton foi um Fundo Rotativo Solidário para a criação de uma cooperativa de saboaria natural. O FRS é uma espécie de vaquinha que pode servir como um empréstimo com juros baixos (ou sem juros). Quando o valor do empréstimo é devolvido, ele pode ser emprestado para outro projeto. Ou então, o fundo rotativo pode ser uma simples doação com fundo perdido. Os beneficiados do FRS podem ser os próprios contribuintes ou alguma causa da comunidade (estrada, escola, reflorestamento, produção, medicamentos, cooperativa, etc.). Não se trata de pirâmide, especulação ou agiotagem. Somos nós por nós mesmes nos organizando com os parcos recursos que temos.
No FRS em questão, convidamos 20 pessoas para pagar 20 reais por mês durante 6 meses para comprarmos insumos, equipamentos e promover um curso de capacitação de sabonetes naturais com a mestra em saboaria fitoenergética Carol Águas de Oxum. O intuito do FRS foi criar uma cooperativa de sabonetes. Ao todo 16 pessoas participaram do curso de capacitação. Algumas das pessoas que participaram do fundo rotativo também participaram do curso de saboaria e formaram a cooperativa. Já as pessoas que participaram da vaquinha e não fizeram o curso, ao final ganharam quase o mesmo valor que investiram em sabonetes. Ou seja, como está presente em diversos projetos que seguem o método VAV, buscamos equalizar o dar e receber de todas as pessoas envolvidas.
Conectamos este projeto com a farmácia viva (horta de ervas medicinais), também incubado dentro do BanCoTeAMa. Este projeto é um sonho antigo da comunidade e para que ele se concretizasse buscamos juntar o posto de saúde, a escola municipal e os saberes das erveiras locais. O projeto da horta veio antes da saboaria. A produção de sabonetes foi uma estratégia que imaginei que pudesse gerar trabalho e renda, um modo também de justificar (economicamente) a manutenção de uma horta medicinal e tradições que estão morrendo junto com as pessoas que as carregavam. Atualmente (2024) o projeto da horta medicinal está parado e passou a ser uma horta para plantas que tingem e uma horta escolar, como será apresentado mais adiante.
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